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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

PEQUIM 2008



O basquetebol angolano terá uma das suas mais difíceis tarefas em Jogos Olímpicos, quando, em representação do continente, enfrentar a partir do dia 10 deste mês em Pequim2008, na China, potências mundiais da modalidade com o pensamento na melhoria da 12ª posição ocupada na última edição (Atenas2004).
Contrariamente à ideia de simples participação, os campeões africanos, habituais em provas do género, vão enfrentar os Estados Unidos da América (líder do ranking mundial), a Espanha (campeã do mundo), Grécia (vice-campeã), China (anfitriã) e a Alemanha, as quais têm jogadores da liga norte-americana de basquetebol profissional (NBA), para alcançar o nono lugar, como definiu o presidente da federação angolana da modalidade, Gustavo da Conceição.
Em véspera da sua quinta participação consecutiva, o cinco nacional tem como maior referência a 10ª posição alcançada nos Jogos Olímpicos de Barcelona-92, no qual se estreou e humilhou a anfitriã, Espanha, por vinte pontos de diferença (83-63), perante um clima “hostil” caracterizado, entre outros aspectos, pelo barulho ensurdecedor das mais de quinze mil “almas” presentes.
De lá pra cá, os angolanos representaram sempre o continente com um basquetebol equilibrado em relação a equipas tidas como superiores, mas nunca conseguiram se classificar entre os nove melhores, como aconteceu no último mundial “Japão-2006”.
Os últimos lugares de Sidney-2000 e Atenas-2004 (12º), assim como o penúltimo (11º) em Atlanta-96 contrastam com o potencial e as exibições do combinado nacional, que ocupa a modesta 14ª posição no ranking mundial.
Em quatro participações, Angola tem apenas três vitórias (sobre a China por 79-69; Coreia do Sul 99-61 e Espanha por 83-63) em 26 jogos.
As qualidades colectivas e individuais e a experiência técnico-atlética do conjunto, aliadas ao palmarés e suas mais recentes conquistas, sobretudo o torneio inter-continental “Borislav Satnkovic edição 2008”, parece ter dado mostras ao mundo de que a selecção nacional nada tem a temer, nem a dever aos adversários de Pequim.
Entretanto, a baixa estatura, o pouco peso e o, inevitável, processo de renovação que enfrenta poderão constituir um obstáculo aos objectivos traçados.
Já sem poder contar com os préstimos de Ângelo Victoriano, Victor de Carvalho, Baduna e Miguel Lutonda (presentes nas olimpíadas anteriores), prevê-se que o técnico Alberto de Carvalho “Ginguba” terá tarefa difícil para contrapor o favoritismo teórico dos seus oponentes, pois o conjunto carece ainda de alguma maturidade, assim como se recente da ausência de um “verdadeiro” líder, sendo que os principais atletas chamadas a assumir responsabilidades em momentos decisivos (Olímpio Cipriano e Carlos Morais), diga-se, precisam de mais tempo nestas andanças.
Com poucas opções no leque dos doze jogadores, à Ginguba não resta outra oportunidade nesta sua primeira prova olímpica a frente da selecção senão arriscar o nono posto (conseguiu no mundial de 2006 entre 24 participantes) com uma formação bastante jovem, cuja maioria é estreante em provas do género.
Joaquim Gomes Kikas, Carlos Almeida, Eduardo Mingas e Abdel Bouckar são (insuficientes) os experientes que “vêm” dos jogos de Atenas-2004, na Grécia, e devem auxiliar os demais nesta empreitada em que Armando Costa, Milton Barros, Olímpio Cipriano e Carlos Almeida, embora novatos, poderão ter algo a dizer.
Para além dos registos olímpicos, Angola é detentora de nove títulos africanos e marcou presença nos mundiais de Espanha-86, Argentina-90, Canadá-94, Indianapolis-2002 e Japão-2006, pelo que se julga reunir requisitos necessário para jogar de igual para igual com qualquer adversário e atingir o objectivo de Pequim-2008 (9º lugar).


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