KIANGOLA


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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Falando com Dinocross " O Intercambialista "

Quem é Dinocross?
R: Dino Cross é um Pseudonimo de Adriano Mabiel, sou design grafico e jornalista ao mesmo tempo, trabalho profissionalmente como Design grafico e desenpenho o jornalismo em prol do hip hop.

Como tem sido o trabalho entercambial entre Angola e Moçambique no âmbito da cultura hip hop ?
R: Os resultados até agora têm sido favoraveis, mas o grande objectivo deste projecto é fazer as musicas moçambicanas tocarem em Angola, nas rádios, discotecas e até mesmo nos carros, não apenas circular num ciclo restrito da comunidade hip hop, e porquê que eu tenho esse projecto? porquê a primeira vez que estive em Maputo a fazer entrevistas pelo http://www.hipflickz.net/, fiquei a saber que existe um certo descontentamento por parte dos rappers moçambicanos em relação a Angola e frequentemente fui questionado, "porquê há sempre artistas angolanos a cantar em Moçambique e nunca houve um artista moçambicano sequer em Angola?" diante desse facto e porquê na altura estava em curso uma campanha para acabar com isso, neste caso banir artistas estrangeiros em Moçambique, criei este projecto que vale apena persistir até porque os exitos já começaram a dar-me insentivo, Duas Caras, Dama do Bling e Asmall ja cantaram em Angola no espaço Bahia, e pelo menos a Dama do Bling e Duas Caras já não são anonimos em Angola.

Qual é a sua opinião sobre a musica angolana particularmente o hip hop?
R: A musica angolana está noutro nível, e é bastante consumida no exterior do pais, atravez da nossa música espalhamos pelo mundo um pouco da nossa cultura, já o hip hop angolano em particular, na minha opinião está complicado, temos artistas com muito bom flow, boas punch lines, bons beats, mas sinto falta de mensagens que não sejam de ostentação, artistas nos dias de hoje, as letras se não forem de carros, marcas de roupas e damas é de discotecas, a maior parte dos albuns estão assim, e por outra sinto falta do rap, muitos rappers estão sensiveis nos albuns, nas mixtapes disparam bom rap, mas nos albuns não percebo o que se passa, se calhar intimidam-se com a responsabilidade que é apresentar um album ao público. Mas claro que nem todos os rappers se inserem neste meu ponto de vista, respeito e rendo continência a muitos rappers angolanos.

Sendo um activista do rap em Angola quais as suas perspectivas com relação ao desenvolvimento do hip hop em Angola?
R: Eu acredito que ao passo em que vamos, o percurso é mesmo desenvolver, tivemos um bom exemplo de que o beef não faz bem a ninguem, e se continuarmos assim será bom para o movimento, embora acredite que o hip hop angolano precisa de um rosto, um rosto que nos identifique como angolanos, seria util se não importassemos outras culturas e a adaptassemos ao hip hop angolano, tenho fé que um dia iremos fazer hip hop com amor e não pelas vantagens que este nós dá.
Na primeira sondagem feita pelo site Kiangola chegou-se a conclusão que o nível escolar dos angolanos é medíocre; ate que ponto esta mediocridade afecta o hip hop em Angola?
R: Afecta quando fazemos as coisas sem um conhecimento previo, vamos supor que os mc's sejam de baixo nivel de escolaridade, o que vão transmitir quando usamos o rap como musica de intervenção social? nada!.. ou seja nada com fundamento logico. É por isso que há musicas que só escutamos 30 segundos e depois nem sequer a queremos ouvir falar, mas felizmente não é o nosso caso, sou até de opinião que se faça uma sondagem para saber o grão de escolaridade dos rappers angolanos, de certeza q vamos concluir que estamos maioritariamente no ensino superior e médio.

Como kiangolano qual é a sua opinião sobre as eleições em Angola?
R: As eleições deixaram-me triste com os rappers, que ladraram, ladraram e ladraram e na hora da decisão não morderam. fala-se muito que o governo é assado ou cozido mas ainda deram credito ao mesmo governo. Mas correu bem graças a Deus, o partido que acredito ser a melhor opção para Angola ganhou, embora que gostaria que as percentagens de votos fossem mais bem equilibradas para dar-se oportunidade a democracia governar.

O que tem a dizer sobre o site Kiangola?
R: Tenho a dar bastante insentivo ao site Kiangola, é sempre um contributo quando dispertamos os jovens a seguirem uma determinada cultura, continuem o trabalhar por amor ao hip hop, e claro espero que tudo o que noticiarem seja em prol do desenvolvimento e união do rappers angolanos e não só.

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